O novo regimento do Clube Náutico Capibaribe traz uma característica forte: a preocupação com o futuro do clube, demonstrada em regras de austeridade. O texto completo do novo regimento só deverá estar pronto na próxima semana, após a análise de todas as propostas de emenda.
O trabalho de apreciação e votação das propostas foi iniciado ontem, em reunião extraordinária do Conselho. Duas emendas se destacaram: a que limita o período de afastamento de um presidente do clube; e a que determina novas regras sobre a contratação de jogadores para a equipe profissional.
O novo regimento interno preencheu uma lacuna estatutária importante para o clube. Afinal, quanto tempo um presidente pode se manter afastado de suas funções? A Comissão especial formada para elaborar o texto-base do regimento havia sugerido que metade do mandato seria o prazo máximo de afastamento por questões médicas. Mas ontem foi aprovada a proposta de emenda que reduz esse prazo para 1/3 do mandato – ou seja, oito meses. Passado este tempo, assume o vice-presidente.
ELENCO
Foi bastante comemorada a aprovação da emenda que trata de regras para o elenco do futebol profissional. Por três motivos: ela irá pressionar os gestores a selecionarem os atletas com maior efetividade pela limitação do número máximo de 35 jogadores no plantel; deverá disciplinar um pouco mais os gastos com salários e rescisões; e força um maior investimento na Base, ao determinar que no mínimo 25% do elenco precisa ser da Base do clube.
“A limitação do elenco e o uso de jogadores da Base são propostas que visam um futuro mais sólido, mais ‘pé no chão’, condizente com a realidade financeira do clube. Fiz uma pesquisa, conversei com vários treinadores, e fui informado que um elenco de 28 jogadores é suficiente. Propus que fossem 35 para dar uma margem maior para os gestores, mas o ideal é que não precisemos chegar a este limite de contratações”, comentou Diógenes Braga, autor da proposta de emenda aprovada.